quinta-feira, 13 de novembro de 2014

INTEGRIDADE EM TEMPOS DE CRISE

INTEGRIDADE EM TEMPOS DE CRISE - SUBSÍDIO PARA LIÇÃO BÍBLICA

Em termos práticos as lições que podem ser extraídas dos eventos narrados no capítulo 6 do livro do profeta Daniel podem se dividir em alguns temas perfeitamente aplicáveis à vida do crente dentro e fora do ambiente da igreja.

A Excelência nas Realizações (Dn 6.1-3)

E pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte presidentes, que estivessem sobre todo o reino; e sobre eles três príncipes, dos quais Daniel era um, aos quais esses presidentes dessem conta, para que o rei não sofresse dano. Então, o mesmo Daniel se distinguiu desses príncipes e presidentes, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.

A integridade do caráter de Daniel nas tarefas lhe confiadas já era notória entre as principais lideranças do reino. O convite recebido por Dario não foi por acaso. Há crentes que desejam oportunidades de realizações, mas não demonstram competência naquilo que fazem. Convites para grandes empreendimentos são feitos apenas àqueles que alcançam um alto nível de confiança para sua execução.

A atitude de Dario é uma lição para os atuais líderes no diz respeito à necessidade de delegar. Ninguém consegue presidir sozinho e alcançar progresso e sucesso em seu governo, gestão e administração. Delegar é preciso, mas conforme observamos no texto acima, não se delegam grandes responsabilidades a qualquer pessoa. Filhos, genros, noras, cunhados, cunhadas, demais parentes e amigos de alguns líderes recebem delegação sem as mínimas condições de atender às necessidades reais do trabalho. É o conhecido nepotismo. Aos nossos familiares e amigos devem confiadas tarefas e atividades que de fato estejam a altura de realizá-las, caso contrário, sofrerão o líder, o delegado e a obra.

Daniel não apenas cumpriu a missão lhe confiada, mas o fez com um espírito excelente, com esmero, com qualidade, com dedicação, como quem serve ao Senhor e não a homens (Ef 6. 5-8), destacando-se dessa maneira dentre os demais.

A Inveja (Dn 6.4-5)

Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa. Então, estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus.

O filósofo e escritor Olavo de Carvalho afirma que: “A inveja é o mais dissimulado dos sentimentos humanos, não só por ser o mais desprezível mas porque se compõe, em essência, de um conflito insolúvel entre a aversão a si mesmo e o anseio da autovalorização. [...] A inveja é o único sentimento que se alimenta de sua própria ocultação.”

A inveja é a podridão dos ossos (Pv 14.30b).

O invejoso é aquele que se entristece, para em seguida arder de ciúmes das conquistas e dos méritos alheios. Ela queria estar, ser e receber o que temos recebido, mas, como não consegue, alimenta silenciosamente esse sentimento nefasto, transformando-o em seguida em ações contra a nossa vida e realizações.

No trabalho, na escola, na faculdade, na igreja, na família, em todos os lugares há os invejosos e os vitimados pela inveja. Basta que nos destaquemos em algo e os invejosos logo se assanham, para depois se revelarem. Eles não conseguem ficar ocultos, nem ocultar seus sentimentos por tanto tempo. Acabam traídos por si mesmos. Você já foi vítima da inveja de alguém? Se já realizastes grandes e excelentes feitos, se de alguma forma te destacastes em algum contexto, com certeza o olhar e a mente dos invejosos já te fulminaram vivo. Não se preocupe com os invejosos, e continue realizando com excelência o que te chegou às mãos para realizar.

Os Invejosos e seus Planos Malignos e Covardes (Dn 6.6-9)

Então, estes príncipes e presidentes foram juntos ao rei e disseram-lhe assim: Ó rei Dario, vive eternamente! Todos os príncipes do reino, os prefeitos e presidentes, capitães e governadores tomaram conselho, a fim de estabelecerem um edito real e fazerem firme este mandamento: que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões. Agora, pois, ó rei, confirma o edito e assina a escritura, para que não seja mudada, conforme a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogarPor esta causa, o rei Dario assinou esta escritura e edito.

Todo invejoso é um covarde, um traidor, um inimigo disfarçado. Eles geralmente elaboram planos para atingir aquele que é objeto se sua inveja. Com Daniel não foi diferente, nem o será conosco.

Não são poucos, assim acredito, dentre aqueles que estão lendo o presente texto, que já foram atingidos por invejosos covardes. Eu mesmo teria mais de uma experiência para relatar. Enquanto você lê este texto, é provável que algum invejoso esteja armando algo contra você, elaborando um plano para destruir tua carreira profissional ou ministerial, lutando com todas as forças para impedir a tua ascensão.

Para pavor, frustração e desespero deles, ninguém pode impedir os planos de Deus em tua vida! Mesmo que venhamos a sofrer, por fim a vontade de Deus se realizará plenamente em nós e por nós, par ao louvor e glória do Seu santo nome. A covardia de algum invejoso servirá de testemunho e experiência em sua vida para outros, e para as novas e futuras gerações. Se mantenha firme com o caráter cristão lhe outorgado pela Palavra no poder do Espírito.

Infelizmente, há nas empresas e nas igrejas líderes que se deixam levar pelos conselhos dos invejosos, que não pensam antes de agir, que sucumbem diante dos bajuladores. Sim, geralmente os invejosos são também grandes bajuladores dos seus “chefes”. O pior é que tem “chefes” profissionais e eclesiásticos que adoram uma bajulação.

Tal realidade acaba provocando juízo, decisões e ações precipitadas por parte dos líderes. Se algum líder já errou, seguindo o conselho maldoso de algum assessor ou delegado mal intencionado, que buscava o mal de um companheiro seu bem sucedido, espero que já tenha aprendido a lição, e que não repita o erro, par que não venha a sofrer com a injustiça cometida.

A Postura de Daniel Diante da Covardia dos Invejosos (Dn 6.10-15)

Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer. Então, aqueles homens foram juntos e acharam Daniel orando e suplicando diante do seu Deus. Então, se apresentaram e disseram ao rei: No tocante ao mandamento real, porventura não assinaste o edito pelo qual todo homem que fizesse uma petição a qualquer deus ou a qualquer homem, por espaço de trinta dias, e não a ti, ó rei, seria lançado na cova dos leões? Respondeu o rei e disse: Esta palavra é certa, conforme a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar. Então, responderam e disseram diante do rei: Daniel, que é dos transportados de Judá, não tem feito caso de ti, ó rei, nem do edito que assinaste; antes, três vezes por dia faz a sua oração. Ouvindo, então, o rei o negócio, ficou muito penalizado e a favor de Daniel propôs dentro do seu coração livrá-lo; e até ao pôr do sol trabalhou por salvá-lo. Então, aqueles homens foram juntos ao rei e disseram ao rei: Sabe, ó rei, que é uma lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou ordenança, que o rei determine, se pode mudar.

Repito e insisto que não há como ser próspero nas realizações e não ser invejado. A grande questão é como vamos lidar com a inveja e com os invejosos.

Daniel respondeu aos covardes invejosos e à equivocada resolução do rei com oração. Ele não relativizou os seus valores morais e espirituais. Há crente que negociam valores morais e espirituais para alcançarem ou se manter em altas posições. Estão dispostos a vender a própria alma ao diabo por isso. Conheço muitos assim. Perderam o temor de Deus. Estão enfeitiçados e dominados por suas intensas e loucas vaidades. Querem poder, cargos, tronos, prestígio e reconhecimento a todo o custo. Daniel não buscou tais coisas, elas vieram em sua direção na medida em que se mantinha fiel a Deus e trabalhava com excelência. Quando conquistou altos patamares de confiança e autoridade no reino, Daniel também não se apegou a estas coisas. Não havia para ele nada mais importante do que a sua comunhão com o seu Deus.

Ouvi de um líder conhecido nacionalmente, embriagado por cargos e posições, que o poder não se conquista, se toma. De fato, a ação de tal líder, e de tantos outros embriagados pelo poder, é de que vale tudo para se manter e para se tomar poder. Que o Senhor tenha misericórdia destes.

Deve nos chamar também a atenção, o fato de que as atividades políticas e administrativas de Daniel não lhe roubaram o seu tempo de oração, de intimidade com o Pai celestial. Nossas atuais ocupações profissionais ou eclesiásticas tem nos afastado da oração? Se a resposta for positiva, devemos rever urgentemente as nossas prioridades (Lc 10.38-41).

Na Cova dos Leões (Dn 6.16-24)

Então, o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.

E foi trazida uma pedra e foi posta sobre a boca da cova; e o rei a selou com o seu anel e com o anel dos seus grandes, para que se não mudasse a sentença acerca de Daniel. Então, o rei dirigiu-se para o seu palácio, e passou a noite em jejum, e não deixou trazer à sua presença instrumentos de música; e fugiu dele o sono. E, pela manhã cedo, se levantou e foi com pressa à cova dos leões. E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e, falando o rei, disse a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?    Então, Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum. Então, o rei muito se alegrou em si mesmo e mandou tirar a Daniel da cova; assim, foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus.E ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado Daniel e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.

Deus permite que soframos temporariamente com as ações dos covardes invejosos. Daniel não escapou, nem tampouco nós escapamos de nossas “covas dos leões”. Na realidade, há um grupo de leões dentro da cova, e outro que fica fora, torcendo por nossa destruição e falência. Deus trata dos dois grupos.

Por uma intervenção divina na história, os leões de dentro da cova não tocaram em Daniel. O instinto animal deles foi neutralizado, de maneira que Daniel ficou intacto. Um mensageiro de Deus fechara a bocas dos leões. Covas de leões não são lugares confortáveis de se estar, mas às vezes são indispensáveis para o nosso crescimento integral. Na cova o Senhor demonstra o seu poder e a sua fidelidade para com os seus filhos amados. Conforme o testemunho do rei, de fato Daniel era um servo do Deus vivo, do Deus que intervém.

Quanto aos leões que ficaram fora da cova, falo dos covardes invejosos, os tais colheram o que semearam. Para eles nenhum anjo foi enviado, e consequentemente, as bocas dos leões de dentro da cova não foram fechadas. Morreram desgraçadamente.

No intuito de matar os outros, os invejosos acabam se matando. No desejo de acabar com a ascensão profissional e eclesial de alguns, os invejosos do alto daquilo que já conquistaram desabam. Os da história aqui narrada perderam os seus assentos de príncipes e presidentes, e acabaram dentro de uma cova, tornando-se ração de feras, tendo os ossos esmigalhados.

A Retratação do Rei, a Glória de Deus e a Contínua Prosperidade de Daniel (Dn 6.25-27)

Então, o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e gente de diferentes línguas, que moram em toda a terra: A paz vos seja multiplicada! Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até ao fim. Ele livra, e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele livrou Daniel do poder dos leões. Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa.

Quando o líder erra e toma consciência do seu erro, o mínimo que se espera dele é a retratação e a correção do erro. Assim agiu Dario, assim devem agir todos aqueles investidos de autoridade. Reconhece o erro é um sinal de humildade, dignidade e integridade de caráter.

Em meio a todo o ocorrido, Deus foi mais uma vez exaltado por seu bondoso e poderoso livramento, e seu servo Daniel continuou prosperando em suas realizações. Daniel não sua integridade arranhada pelas feras humanas, nem seu corpo pelos leões.

O episódio deste capítulo 6 de Daniel é lenitivo para as nossas almas, e fortaleza para a nossa fé no Deus vivo!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A QUEDA DO IMPÉRIO BABILÔNICO

INTRODUÇÃO
Impérios se levantam e também caem, nenhum governo humano dura para sempre. Na lição desta semana mostraremos essa realidade concretizada na ruína do império babilônico. Inicialmente destacaremos os procedimentos humanos que levaram o império a cair, em seguida, nos voltaremos para a soberania de Deus, que se manifesta através dos seus decretos. Ao final, nos meditaremos sobre o perigo de ser achado em falta por Deus, e a necessidade de um arrependimento iminente e verdadeiro.

1. A QUEDA DE UM IMPÉRIO
Nabucodonosor reconheceu a grandeza de Deus, e se voltou para Ele em adoração, após sua soberba ter sido identificada. O mesmo não aconteceu com seu filho, Belsazar, que mesmo com as advertências proféticas, continuou no caminho da desobediência. As decisões de Belsazar, desconsiderando o testemunho do seu pai, é uma demonstração do livre arbítrio. Conforme instrui a palavra de Deus, devemos ensinar a nossos filhos no caminho do Senhor, mas isso não garante que eles O seguirão (Pv. 22.6). Ao invés de se dobrar diante de Deus, Belsazar preferiu viver de acordo com seus interesses (Dn. 5.22). A queda de um império acontece quando os filhos deixam de trilhar os caminhos da fé de seus pais. Existem países que estão sofrendo porque os filhos não seguem mais a fé dos seus pais. A culpa não é apenas dos governantes, a própria igreja tem se distanciado dos padrões bíblicos. Por causa disso a fé evangélica está deixando de ser relevante, e de atrair a atenção da sociedade. Como Belsazar, muitos jovens estão se desviando da Palavra de Deus, algumas igrejas também não conseguem mais falar a linguagem dos jovens. Não devemos fazer concessões dos princípios cristãos, antes precisamos criar meios para torna-los relevantes a esta geração. Os jovens crentes também precisam buscar mais Deus, e não viverem regaladamente, como fez o filho de Nabucodonosor. Esta geração hedonista está colocando o prazer como um fim em si mesmo, a Babilônia começou a ruir em uma festa (Dn. 5.2). O falta de uma espiritualidade genuína, pautada na Palavra, tem resultado em meros formalismos. A cultura do entretenimento pode produzir distrações espirituais, e comprometer o futuro da juventude.

2. DECRETADO PELO DEDO DE DEUS
Os descalabros cometidos por Belsazar levaram o país à destruição, sua embriaguez fez com que ele perdesse o senso de responsabilidade. Tenhamos cuidados para não perder a lucidez, vivemos em um mundo solapado pela ilusão. Por isso Paulo orienta os crentes de Éfeso para não se embriagarem, antes busquem ser cheios do Espírito (Ef. 5.18). Muitas pessoas estão perdendo muito tempo diante de coisas que distraem a vida espiritual. O exercício da piedade precisa ser reativado na vida de muitos cristãos (I Tm. 4.7,8). As redes sociais precisam ser utilizadas com equilíbrio, caso contrário, poderão levar à destruição física e espiritual. O rei Belsazar foi longe demais, decidiu profanar as coisas sagradas, mostrando seu desrespeito pelo céu. O resultado desse pecado premeditado foi a perturbação, muitos estão perdidos em seu rumo. Os pecados dos seres humanos, e suas drásticas consequências, já é um juízo de Deus, na medida em que esses tiram a paz (Dn. 5.5-9). O homem ceifa aquilo que semeia, as obras da carne podem se transformar em tempestades, e fazer com que os cristãos percam a intimidade com Deus (Gl. 5.17). A alegria do rei de repente se transformou em pavor, sua arrogância foi julgada por Deus. A sabedoria de Deus confunde as astúcias humanas, o Senhor confronta o pecado por meio da Sua palavra (Dn. 5.7,8). Daniel foi levantado por Deus como profeta, para denunciar os desmandos do rei da Babilônia. Uma igreja profética reconhece seus limites na participação política. O envolvimento totalmente submisso às autoridades pode comprometer o caráter profético da igreja. Depois de receber a mensagem de juízo de Deus, o rei Belsazar, ao invés de se arrepender, como fez seu pai, Nabucodonosor, se voltou contra a Palavra (Dn. 5.22). Quando o pecado se aloja no coração das pessoas, elas ficam cegas, e acabam agindo de maneira equivocada, fundamentadas no desejo desenfreado.  A palavra de Deus foi contundente ao rei babilônico: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM.

3. ENCONTRADO EM FALTA
Mene significa contar, isso quer dizer que os dias do rei estavam contados, Deus deu um basta naquele império, por causa da sua desobediência (Dn. 5.25). Tequel significa pesar, isso quer dizer que Deus julgou, e avaliou o império babilônico. Por fim, UFARSIM – PERES significa romper ou dividir, assim sendo, Deus dividiria o reino da Babilônia. Essa divisão aconteceu quando os medos e persas (Dn. 5.28) tomaram o império babilônico. Certa noite, Dario desviou o curso do rio Eufrates e invadiu a Babilônia. Os juízos de Deus virão sobre a humanidade, por isso todos devem depender de Cristo. Ninguém pode ser considerado justo perante Deus, todos pecaram e ficaram distanciados de Deus (Rm. 3.23). O salário do pecado é a morte (Rm. 6.23), mas a dádiva de Deus é a vida eterna, através de Jesus. Todos nós fomos achados em falta perante Deus, mas Jesus, com Seu amor infindo, nos atraiu para o Pai (Jo. 14.6). O amor de Deus é incondicional, Ele nos atrai para Si, basta apenas crer nEle (Jo. 3.16). O Senhor não quer que as pessoas se percam, antes que se arrependam, e se voltem para Ele (II Pe. 3.9). Mas nem sempre as pessoas estão dispostas a tomarem uma decisão por Cristo. Por causa disso, muitos estão padecendo nestes dias. O juízo de Deus começa pela própria decisão humana de viver por si mesmo. A vida de algumas pessoas tornou-se um inferno, porque optaram por não se entregarem a Deus. Mas o inferno não é apenas aqui, o juízo de Deus vai além, no futuro aqueles que se negaram a viver para Cristo, comparecerão perante o Trono Branco (Ap. 20.11-15). Desse trono muitos tentarão fugir, mas será improvável, pois o Senhor julgará com reta justiça. Nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo, mas para os pecadores impenitentes, que agem como Belsezar, o resultado será a condenação (Rm. 8.1). O lago de fogo está preparado para Satanás e seus anjos, e para todos aqueles que querem fazer companhia ao Diabo (Mt. 25.21).

CONCLUSÃO
Os impérios do passado caíram porque as pessoas se distanciaram dos padrões divinos. Esse princípio se aplica às nações, e até mesmo às igrejas contemporâneas. Sem o temor a Deus, que é o princípio da sabedoria, o resultado será a ruína. O julgamento divino, ainda que seja uma doutrina impopular, é uma verdade bíblica. Deus estabeleceu um dia no qual julgará a todos, inclusive as nações, avaliando suas ações. A igreja, nestes tempos difíceis, deve se pautar pela Palavra de Deus, somente assim estará livre do juízo vindouro.  

BIBLIOGRAFIA
LEDERACH, P. M. Daniel. Herald Press: Scottdale, 1994.
WEIRSBE, W. Be resolute: Daniel. David Cook: Ontario, 2008.