INTRODUÇÃO
Impérios se levantam e
também caem, nenhum governo humano dura para sempre. Na lição desta semana mostraremos essa realidade concretizada na ruína do império babilônico.
Inicialmente destacaremos os procedimentos humanos que levaram o império a
cair, em seguida, nos voltaremos para a soberania de Deus, que se manifesta
através dos seus decretos. Ao final, nos meditaremos sobre o perigo de ser
achado em falta por Deus, e a necessidade de um arrependimento iminente e
verdadeiro.
1.
A QUEDA DE UM IMPÉRIO
Nabucodonosor reconheceu a
grandeza de Deus, e se voltou para Ele em adoração, após sua soberba ter sido
identificada. O mesmo não aconteceu com seu filho, Belsazar, que mesmo com as
advertências proféticas, continuou no caminho da desobediência. As decisões de Belsazar,
desconsiderando o testemunho do seu pai, é uma demonstração do livre arbítrio.
Conforme instrui a palavra de Deus, devemos ensinar a nossos filhos no caminho
do Senhor, mas isso não garante que eles O seguirão (Pv. 22.6). Ao invés de se
dobrar diante de Deus, Belsazar preferiu viver de acordo com seus interesses
(Dn. 5.22). A queda de um império acontece quando os filhos deixam de trilhar
os caminhos da fé de seus pais. Existem países que estão sofrendo porque os
filhos não seguem mais a fé dos seus pais. A culpa não é apenas dos
governantes, a própria igreja tem se distanciado dos padrões bíblicos. Por
causa disso a fé evangélica está deixando de ser relevante, e de atrair a
atenção da sociedade. Como Belsazar, muitos jovens estão se desviando da Palavra
de Deus, algumas igrejas também não conseguem mais falar a linguagem dos
jovens. Não devemos fazer concessões dos princípios cristãos, antes precisamos
criar meios para torna-los relevantes a esta geração. Os jovens crentes também
precisam buscar mais Deus, e não viverem regaladamente, como fez o filho de
Nabucodonosor. Esta geração hedonista está colocando o prazer como um fim em si
mesmo, a Babilônia começou a ruir em uma festa (Dn. 5.2). O falta de uma
espiritualidade genuína, pautada na Palavra, tem resultado em meros
formalismos. A cultura do entretenimento pode produzir distrações espirituais,
e comprometer o futuro da juventude.
2.
DECRETADO PELO DEDO DE DEUS
Os descalabros cometidos por
Belsazar levaram o país à destruição, sua embriaguez fez com que ele perdesse o
senso de responsabilidade. Tenhamos cuidados para não perder a lucidez, vivemos
em um mundo solapado pela ilusão. Por isso Paulo orienta os crentes de Éfeso
para não se embriagarem, antes busquem ser cheios do Espírito (Ef. 5.18). Muitas
pessoas estão perdendo muito tempo diante de coisas que distraem a vida
espiritual. O exercício da piedade precisa ser reativado na vida de muitos
cristãos (I Tm. 4.7,8). As redes sociais precisam ser utilizadas com
equilíbrio, caso contrário, poderão levar à destruição física e espiritual. O
rei Belsazar foi longe demais, decidiu profanar as coisas sagradas, mostrando
seu desrespeito pelo céu. O resultado desse pecado premeditado foi a
perturbação, muitos estão perdidos em seu rumo. Os pecados dos seres humanos, e
suas drásticas consequências, já é um juízo de Deus, na medida em que esses
tiram a paz (Dn. 5.5-9). O homem ceifa aquilo que semeia, as obras da carne
podem se transformar em tempestades, e fazer com que os cristãos percam a
intimidade com Deus (Gl. 5.17). A alegria do rei de repente se transformou em
pavor, sua arrogância foi julgada por Deus. A sabedoria de Deus confunde as
astúcias humanas, o Senhor confronta o pecado por meio da Sua palavra (Dn.
5.7,8). Daniel foi levantado por Deus como profeta, para denunciar os desmandos
do rei da Babilônia. Uma igreja profética reconhece seus limites na
participação política. O envolvimento totalmente submisso às autoridades pode
comprometer o caráter profético da igreja. Depois de receber a mensagem de
juízo de Deus, o rei Belsazar, ao invés de se arrepender, como fez seu pai,
Nabucodonosor, se voltou contra a Palavra (Dn. 5.22). Quando o pecado se aloja
no coração das pessoas, elas ficam cegas, e acabam agindo de maneira
equivocada, fundamentadas no desejo desenfreado. A palavra de Deus foi
contundente ao rei babilônico: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM.
3.
ENCONTRADO EM FALTA
Mene significa contar, isso
quer dizer que os dias do rei estavam contados, Deus deu um basta naquele
império, por causa da sua desobediência (Dn. 5.25). Tequel significa pesar,
isso quer dizer que Deus julgou, e avaliou o império babilônico. Por fim,
UFARSIM – PERES significa romper ou dividir, assim sendo, Deus dividiria o
reino da Babilônia. Essa divisão aconteceu quando os medos e persas (Dn. 5.28)
tomaram o império babilônico. Certa noite, Dario desviou o curso do rio
Eufrates e invadiu a Babilônia. Os juízos de Deus virão sobre a humanidade, por
isso todos devem depender de Cristo. Ninguém pode ser considerado justo perante
Deus, todos pecaram e ficaram distanciados de Deus (Rm. 3.23). O salário do
pecado é a morte (Rm. 6.23), mas a dádiva de Deus é a vida eterna, através de
Jesus. Todos nós fomos achados em falta perante Deus, mas Jesus, com Seu amor
infindo, nos atraiu para o Pai (Jo. 14.6). O amor de Deus é incondicional, Ele
nos atrai para Si, basta apenas crer nEle (Jo. 3.16). O Senhor não quer que as
pessoas se percam, antes que se arrependam, e se voltem para Ele (II Pe. 3.9).
Mas nem sempre as pessoas estão dispostas a tomarem uma decisão por Cristo. Por
causa disso, muitos estão padecendo nestes dias. O juízo de Deus começa pela
própria decisão humana de viver por si mesmo. A vida de algumas pessoas
tornou-se um inferno, porque optaram por não se entregarem a Deus. Mas o
inferno não é apenas aqui, o juízo de Deus vai além, no futuro aqueles que se
negaram a viver para Cristo, comparecerão perante o Trono Branco (Ap.
20.11-15). Desse trono muitos tentarão fugir, mas será improvável, pois o
Senhor julgará com reta justiça. Nenhuma condenação há para aqueles que estão
em Cristo, mas para os pecadores impenitentes, que agem como Belsezar, o
resultado será a condenação (Rm. 8.1). O lago de fogo está preparado para
Satanás e seus anjos, e para todos aqueles que querem fazer companhia ao Diabo
(Mt. 25.21).
CONCLUSÃO
Os impérios do passado
caíram porque as pessoas se distanciaram dos padrões divinos. Esse princípio se
aplica às nações, e até mesmo às igrejas contemporâneas. Sem o temor a Deus,
que é o princípio da sabedoria, o resultado será a ruína. O julgamento divino,
ainda que seja uma doutrina impopular, é uma verdade bíblica. Deus estabeleceu
um dia no qual julgará a todos, inclusive as nações, avaliando suas ações. A
igreja, nestes tempos difíceis, deve se pautar pela Palavra de Deus, somente
assim estará livre do juízo vindouro.
BIBLIOGRAFIA
LEDERACH, P. M. Daniel.
Herald Press: Scottdale, 1994.
WEIRSBE, W. Be resolute: Daniel. David Cook:
Ontario, 2008.
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