segunda-feira, 29 de setembro de 2014

4 TRIMESTRE 2014

Estamos iniciando mais uma semana de preparação para o inicio do último trimestre do ano de 2014 das Lições Bíblicas Dominical, onde aprenderemos mais sobre A INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL, O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA DE HOJE. Espero que possamo aproveitar ao máximo e aprender muito de Deus com este abnegado homem de Deus que foi o profeta Daniel. Além do mais o comentarista deste trimestre é o renomado, conferencista, escritor, homem Deus, o Pastor Elienai Cabral.

Lição 1° Daniel, Nosso "Contemporâneo"
Lição 2° A Firmeza do Caráter Moral e Espiritual de Daniel
Lição 3° O Deus que Intervém na História
Lição 4° A Providência Divina na Fidelidade Humana
Lição 5° Deus Abomina a Soberba
Lição 6° A Queda do Império Babilônico
Lição 7° Integridade em Tempos de Crise
Lição 8° Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias
Lição 9° O Prenúncio do Tempo do Fim
Lição 10° As Setenta Semanas
Lição 11° O Homem Vestido de Linho
Lição 12° Um Tipo do Futuro Anticristo
Lição 13° O Tempo da Profecia de Daniel

sábado, 27 de setembro de 2014

AOS PROFESSORES


Professores, 

O autoexame sincero é fundamental para nortear o nosso árduo trabalho no magistério cristão. Antes de iniciar a última lição faça uma síntese dos temas tratados ao longo de todo o trimestre. É importante o professor fazer este procedimento para que os alunos percebam o fio condutor da lição trimestral e saibam que cada lição está concatenada desde a primeira até a décima terceira. Escolha os temas que, como professor, você achar mais importante fazendo um sintético comentário sobre eles. Então poderás anunciar o assunto da última lição que é a conclusão da carta de Tiago, destacando os últimos conselhos que servem de auxílios atuais para a vida cristã hoje. E necessário destacar os quatro conselhos principais expostos na presente seção da carta de Tiago (5.7-20): o valor da paciência; a proibição de juramentos; a unção dos enfermos e a disposição de converter um irmão do erro.Vale a pena também recordar que no início da epístola o tema da tentação foi evocado por Tiago como um evento que gerava Paciência. Agora a paciência é retomada no capítulo cinco. Aqui, um conselho de Tiago chama atenção: "Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima". Num tempo marcado pela dor, em que o povo de Deus vive, este conselho do meio-irmão do Senhor continua atual e em plena vigência: "fortalecei o vosso coração". Mas para quê? Para não se enfraquecer com as ilusões da vida, os escândalos divulgados, sabendo que o tempo que precede a vinda de Cristo é um tempo marcado pela falta de fé e pela falta de esperança em Deus. Por isso, o conselho para sermos pacientes!Com paciência vamos peregrinando a nossa vida aqui no mundo, amando a Deus e ao próximo. Buscando viver a autenticidade da fé segundo o Evangelho de Cristo. Não abrindo mão da nova aliança estabelecida por Deus a todos quantos creem no seu Filho.

Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 59, p.42.
Postado por Conceição Santos no facebook

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

TIAGO, O MEIO IRMÃO DO SENHOR

Estamos chegando ao final de mais um trimestre da Escola Bíblica Dominical de 2014. O 3º Trimestre trouxe para nos grandes lições para a vida prática de todos os seguidores de Cristo Jesus, cujo tema central foi Fé e Obras, ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Durante essa semana estaremos estudando a última lição do trimestre: A Atualidade dos Últimos Conselhos de Tiago. Que venhamos colocar em prática todos os conselhos.

Durante esse trimestre tivemos a oportunidade de aprendermos um pouco mais sobre os ensinos passados por Tiago em sua epístola, onde na primeira lição vimos que a Fé ela se mostra pelas obras que cada crente prática. Fui discutido a questão de sua autoria, local, data e destinatário da epístola, alem de entender qual o propósito de tal epístola destacando assim a sua atualidade e com isso podemos aprender que a epístola de Tiago não foi escrita nem por Tiago filho de Zebedeu e nem por Tiago filho de Alfeu e isso por 2 razões: 1º Tiago filho de Zebedeu  foi o primeiro a ser martirizado, quando da perseguição aos cristãos no inicio da igreja primitiva. Morto decapitado a mando de Herodes. At. 12.1 e 2º Tiago filho de Alfeu era um apostolo obscuro, não aparecia muito, não teve nenhuma projeção nos escritos neotestamentários e por isso não escreveu nada. Portanto, Tiago, o meio irmão do Senhor é o autor da epístola, escrita entre os anos de 45 e 49 d.C. O propósito geral da epístola era orientar, consolar e fortalecer a igreja de Cristo que esta sendo perseguida.
Tiago é classificado como epístola universal porque foi originalmente escrita para uma comunidade maior que uma igreja local. A saudação: "As doze tribos que andam dispersas" (1.1), juntamente com outras referencias (2.19,21), indicam que a epístola foi escrita inicialmente a cristãos judeus que viviam fora da Palestina. É possível que os destinatários fossem os primeiros convertidos em Jerusalém, que, apos a morte de Estevão, foram dispersos pela perseguição (8.1) até a Fenícia, Chipre, Antioquia da Síria e além (11.19).

Na 2º lição, estudamos sobre o Propósito da Tentação. Aprendemos a cerca da Tentação, do sofrimento e da provação, não como consequência de uma vida de pecado ou de falta de fé, mas como o caminho traçado pelo próprio Deus para o nosso aperfeiçoamento. Tiago trata a tentação de modo singular. Ele mostra a tentação como responsável pela destruição do ser humano e que cada um e responsável pelo que faz. Gn. 3.12. Adão colocou a culpa não só na mulher, mas no próprio Deus quando disse: "a mulher que tu me deste". A tentação é uma especie de prova ou teste, que uma vez vencido, fortalece a vida do crente.

Na 3º lição nos detemos na Importância da Sabedoria Humilde e aprendemos que Tiago fala da sabedoria que vem do alto para diferenciar da humana. A sabedoria que vem do alto, vem diretamente de Deus, tendo em vista a nossa necessidade é Deus que nos oferta a sabedoria divina. A sabedoria deve ser colocada em prática como uma ação concreta através da humildade mesmo porque o valor da verdadeira sabedoria reflete a humildade. A arrogância, o orgulho, a soberba e a altivez provém da sabedoria humana e diabólica.

Na 4º lição vimos que os crentes podem ser Gerados pela Palavra da Verdade de modo a termos uma relação de irmandade entre ricos e pobres. Na igreja do primeiro seculo os pobres e ricos eram acolhidos com amor, pois aprendemos que Deus só faz o que é bom unido classes altas e baixas.

Na 5º lição aprendemos sobre o Cuidado ao Falar e a Religião Pura. A luz da Palavra de Deus aprendemos que o crente deve ser tardio para falar e pronto para ouvir. Por isso, a ira é um sentimento que deve ser controlado pelo crente. O crente deve encher-se da Palavra, praticar a Palavra e perseverar na Palavra. E por fim aprendemos que a verdadeira religião está em olharmos para a necessidade de irmos até ele e acolhê-lo.

Na 6º lição o assunto foi bem pertinente a nossa realidade. A Verdadeira Fé não Faz Acepção de Pessoas. Tiago tratou da acepção que estava ocorrendo na igreja do primeiro seculo, onde pessoas com anéis no dedo tinha vez e era honrado colocando os mais humildes em desonra. Em Cristo o crente não pode se mostrar parcial e, por isso, o amor de Deus deve ser manifestado na igreja local através dele. O crente não pode ter um coração perverso. As Escrituras mostram a principal razão para o crente não desonrar os pobres: Deus os escolheu aos olhos do mundo.

Na 7º lição onde A Fé se Manifesta em Obras é a continuação da primeira lição e nessa lição Tiago nos mostrou que diante de uma necessidade do próximo o crente não pode espiritualizar a sua necessidade material, antes deve supri-la. Do contrário não há fé. As ações de Abraão e Raabe são dois grandes exemplos do Antigo Testamento quanto à fé compromissada com as obras. Assim como o corpo sem o espírito não tem vida, a fé sem as obras é morta.

Na 8º lição. O Cuidado com a Língua, tivemos a oportunidade de aprender a vigiarmos com a nossa língua, pois a Língua é um pequeno órgão do nosso corpo, porém seu poder é comparado a um fogo destruidor. Aprendemos com Tiago que embora a língua seja um pequeno órgão do nosso corpo, ela é capaz de edificar e/ou destruir pessoas e instituições. Como servos de Deus, não podemos utilizar nossa língua para expressar palavras de adoração ao Senhor e em seguida utiliza-la para destruir o nosso próximo.

Na lição 9º Tiago volta a referir sobre a Verdadeira Sabedoria, desta feita, aquela que se Manifesta na Prática. Nessa lição aprendemos a diferenciar Informação, Conhecimento e Sabedoria. Informação é o dado em seu estado bruto captado pelos sentidos de todos os níveis, imagens, leituras e etc; Conhecimento é a informação analisada, compreendida e incorporada e já a Sabedoria é o conhecimento submetido ao julgo dos valores, crenças, ética e moral.

Na 10º lição, Tiago enfatiza O Perigo da Busca pela Autorrealização Humana e afirma que as guerras e pelejas entre os crentes são frutos dos desejos egoístas e carnais que carregamos em nosso interior. Tiago se preocupou em mostrar o perigo que o ser humano corre quando procura a autorrealização.

Na 11º O Julgamento e a Soberania Pertencem a Deus. Tiago se deteve ao julgamento que muitos crentes fazem ao próximo, em muito casos, sem prova conviventes. Temos, sim, o direito de julgar, mas não o poder de condenar ninguém.

Na 12º Tiago apresenta Os Pecados de Omissão e de Opressão. Nessa lição aprendemos que os ricos da época omitiam seus atos pecaminosos para a sociedade e oprimiam os mais pobres. Antes, Tiago, apresentou nas lições anteriores os atos praticados pelos ricos, na 12º Tiago mostra que haverá um julgamento a todos quantos usam suas riquezas de forma errada na visão de Deus, sejam eles ricos crentes ou não.

Na 13º A Atualidade dos Últimos Conselhos de Tiago. Teremos a oportunidade de aprender e acatar os últimos conselhos do meio irmão do Senhor, pois como cristãos devemos cultivar a paciência e a perseverança até a volta de Jesus. Precisamos, também, acolher os enfermos com nossas interseções e orações. Precisamos, ainda, buscar aqueles que se desviaram e cuidar destes para que se reconciliem com o Senhor e sejam restaurados.


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

DENOC

A Igreja Assembleia de Deus em Algimar vem realizando grandes eventos que magnificam o nome do Senhor Jesus ao longo dos dias. Veja no link do DENOC o que acontecerá nos próximos dias.

VOCÊ É O NOSSO CONVIDADO TODO ESPECIAL. PARTICIPE DEUS TEM UMA PALAVRA PARA VOCÊ!

Raimundo Hélio de Souza

terça-feira, 9 de setembro de 2014

ENSINAMENTOS PARA CRIANÇAS DE 7 A 9 ANOS

Para ensinar as crianças de 7 a 9 anos, não é necessário apenas passar o conteúdo da lição, mas trazer cada tópico da lição para o lado prático de cada aluno. Sempre mostrando e explicando o “porque” e “como” aquele assunto interfere na vida deles. Nessa faixa etária da vida, são adolescentes exploradores e seguem, principalmente, o caminho mostrado pelos adultos. O professor e a Palavra de Deus pode orienta-los na busca pelo melhor caminho a ser percorrido.
A criança de 7 a 9 anos pode aprender sobre:

1. CONHECIMENTO:
QUEM É DEUS
  • A criança pode ter a certeza de que Deus é verdadeiro.
  • Só existe um Deus.
  • Passa a aprender sobre o que é a trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
  • Aprendem que Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) ambos é eterno.
  • Passam a entender a humanidade e divindade de Cristo.
  • Todas as coisas foram criadas por Deus, nada existe sem ter sido criado por Ele.
  • Sabe que o caráter de Deus é verdadeiro, honesto, amoroso, generoso, perdoador, misericordioso, digno de confiança, fiel, justo e santo
A BÍBLIA:
  • Começam a acreditar que a Bíblia é verdadeira, e nela podemos confiar por ser a Palavra de Deus.
  • Acreditam que a Bíblia conta a historia do amor de Deus.
  • A Bíblia contém exatamente aquilo que Deus queria nos dá.
  • Deus deu a Bíblia para que todas as pessoas percebessem que Jesus veio ao mundo para salvar a todos de seus pecados.
  • Para mostrar que Jesus venceu o pecado e satanás.
  • Para mostrar que Jesus é o único caminho que leva o homem a Deus
2. SOBRE O AMOR:
Por meio da Bíblia podemos ter um relacionamento com Deus
  • Lemos a Bíblia para conhecer mais sobre Deus e o que ele fez por nos e esta fazendo.
  • Ensina-nos a orar com nossas famílias
  • Ensina-nos a resistir e superar os testes, tribulações e desafios da vida.
  • Mostra-nos como ser mais dependente de Deus.
  • Leva-nos a buscar mais a Deus.
  • Mostra-nos que temos paz em Jesus.
3. SOBRE A VIDA:
VOCÊ PODE SER TUDO QUE DEUS QUER QUE SEJA
  • Deus quer que sejamos semelhantes a Cristo.
  • Deus deseja que cresçamos na graça e no conhecimento.
  • Que o nosso caráter se iguale ao caráter de Cristo.
  • Que os frutos do Espírito se manifestem na prática
VOCÊ PODE FAZER TUDO QUE DEUS QUER QUE FAÇA:

  • A igreja é um espaço educativo onde todos aprendem juntos e crescem juntos, onde se aprende a respeito de Deus.
  • Na igreja aprendemos a ser abençoado por Deus e termos um relacionamento saudável com Deus e os outros.
  • Aprendemos na igreja que os nossos erros nos leva a uma perfeição e aproximação com Deus.
  • Na igreja aprendemos a compartilhar a nossa fé.

Raimundo Hélio de Souza

O JULGAMENTO E A SOBERANIA PERTENCEM A DEUS

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa

INTRODUÇÃO
Somos tentados a sermos senhores do nosso destino, como diz um conhecido poema,  capitães da própria alma. Nos tempos de “quem sabe faz a hora”, é comum às pessoas dispensarem os cuidados de Deus. Na lição de hoje atentaremos para a necessidade de não incorrermos no risco de julgar os outros. Em seguida, nos voltaremos para a soberania de Deus, diante das possibilidades das decisões centradas no ser humano. Por fim, destacaremos o perigo da arrogância humana, manifestada na presunção, e a importância da humildade na vida do cristão.

1. NÃO JULGAR OS OUTROS
As múltiplas atribuições eclesiásticas nos fazem esquecer de que somos membros da mesma família. Tiago nos lembra de que Deus, em Jesus, nos ensinou a amar uns aos outros, e a tratar o próximo como a nós mesmos (Tg. 2.8). Em relação aos nossos irmãos, quando os julgamos, nos tornamos senhores sobre eles. Devemos sempre lembrar que Deus, e não nós,  é o verdadeiro legislador (Tg. 4.12). Há crentes que não perdem a oportunidade de se colocar diante dos outros membros da igreja. Existem igrejas que, no sentido bíblico-etmológico do termo, são desgraçadas, os membros não têm misericórdia uns dos outros. Há aqueles que torcem, e em alguns casos, favorecem a queda dos irmãos e irmãs na igreja. Philip Yancey costuma dizer que encontra mais graça entre os Alcoólicos Anônimos (AA) do que em determinadas comunidades cristãs. Existem crentes capazes se sentir satisfação com a queda dos outros, e transformá-las em fofoca. E o pior, há os que não se preocupam em ajudar em ver o outro em condição de risco. Quando os vê caídos, ao invés de estender a mão, aproveitam a oportunidade para usar a língua contra o próximo. As igrejas, muito mais do que templos, deveriam ser comunidades de acolhimento. As igrejas não devem fomentar a discórdia, considerando que essa é uma obra da carne (Gl. 5.17-19). Muito pelo contrário, nossa tarefa é a de construir pontes, não muralhas diante dos nossos irmãos. A divisão na igreja, como ocorria em Corinto, é característica de congregações carnais (I Co. 3.1-3).  As “panelinhas” somente servem para incentivar a discórdia, a beleza da igreja está justamente na capacidades de conviver, inclusive com os diferentes. Quem nos julga é a palavra de Deus, ela aponta quando pecamos, e nos dar a possibilidade de arrependimento. Como cristãos devemos fazer o mesmo, até mesmo nos casos de disciplina, essa deve ser feita com amor, visando o reestabelecimento o transgressor (I Co. 5.1-13).

2. A SOBERANIA DE DEUS A BREVIDADE DA VIDA HUMANA
Somente Deus é soberano, isto é, Ele determina, ao Seu tempo, a realização dos seus desígnios. Devemos reconhecer que Deus é Senhor da Sua vontade, Ele não precisa pedir conselhos (Rm. 11.34). Por isso, faz-se necessário reconhecer que diante da complexidade da vida, é Deus que está no comando de todos as coisas (Tg. 4.14). Mas nós, enquanto seres limitados, não podemos determinar como será o futuro, mesmo que tenhamos os devidos cuidados (Pv. 27.1). Jesus reprovou a confiança própria ao contar a parábola do rico insensato (Lc. 12.16-21). Aqueles que acham que são senhores do seu destino, que não depositam sua confiança em Deus, não passam de tolos. Vita brevis, essa é uma declaração latina clássica, que quer dizer “a vida é breve”. Devemos ter sempre diante dos nossos olhos a realidade da morte. Se as pessoas se lembrassem disso de vez em quando, teriam motivos para serem mais humildes. Jó reconheceu que seus dias eram mais velozes do que a lançadeira do tecelão (Jó 7.6). E afirma ainda que nossa vida na terra pode ser comparada a uma sombra (Jó. 8.9) e como se isso não fosse suficiente, defende que o homem nascido de mulher é de poucos dias e cheio de tribulação (Jó. 14.1,2). Moisés, nas palavras de um salmo, também diz que “acabam os nossos anos como um suspiro, pois passa rapidamente e nós voamos” (Sl. 90.9,10). Não podemos ter a ilusão de que somos capazes de controlar nosso futuro. Evidentemente não estamos estimulando a falta de planejamento, que também é um equívoco. Antes devemos colocar nossos projetos diante de Deus, sabendo que somente Ele será capaz de levar nossos planos adiante. Como fazem as pessoas do presente século, não devemos imaginar que estamos no controle das nossas vidas. Quando o Titanic foi construído, tiveram a audácia de firmar que nem Deus seria capaz de afundá-lo, mas a história mostrou o contrário. A torre de Babel é um exemplo bíblico de projeto humano, distanciado das orientações divinas e que resultou em ruína (Gn. 11).

3. A PRESUNÇÃO HUMANA, UM PERIGO DIANTE DE DEUS
Somos seres frágeis, mas nem todas as pessoas se apercebem desse fato. Há aqueles que pensam que são indestrutíveis. Antes de qualquer coisa, destacamos nossa ignorância em relação ao futuro, e que nossa vida passa como um vapor (Tg. 4.14). Por isso, precisamos ter consciência da nossa dependência de Deus (Tg. 4.15). Trilhar o caminho da presunção é demasiadamente perigoso para o cristão. Isso porque a presunção nos faz acreditar que somos senhores do nosso destino (Tg. 4.16). Esse pensamento pode nos conduzir à desobediência, por desconsiderarmos Deus, tornando-O desnecessário. A desobediência premeditada conduz à apostasia, impossibilitando o retorno. Há cristãos que por desconsiderarem Deus, e se acharem senhores das suas vidas, se desviam do caminho. A mensagem de Pedro é de advertência a esse respeito: seria melhor que não tivessem conhecido o caminho da justiça, do que o conhecer e ter se desviado dele (II Pe. 2.21). Devemos seguir o exemplo de Jesus, que aprendeu a obediência ao Pai, e se submeteu até o fim à Sua vontade (Jo. 4.34). Fazer a vontade do Pai precisa ser nossa principal doutrina (Jo. 7.17). Paulo nos conclama a entender a vontade do Senhor (Ef. 5.17), além de ressaltar que essa é boa, agradável e perfeita (Rm. 12.2). Entregar-se à vontade própria é demonstração de presunção, é tornar-se escravo dos próprios caprichos. Ser cristão genuíno é uma atitude de rendição, uma disposição a dizer não a si mesmo, a confiar em Deus. Ser cristão é ponderar, e saber que não é senhor do seu destino, muito menos capitão da sua alma. Ser cristão é uma entrega incondicional à vontade de Deus, uma demonstração de confiança. Quando dependemos de Deus, fazemos nossos projetos, acompanhamos sua execução, mas estamos cientes dos nossos limites. E independentemente dos resultados, reconhecemos que Deus é o Senhor, e que tudo fará conforme Seus desígnios (Rm. 8.28).

CONCLUSÃO
A mensagem de Tiago é oportuna para os dias atuais, considerando que muitas pessoas tornaram Deus desnecessário em suas vidas. Há aqueles que acreditam em Deus, mas vivem como se Ele não existisse. Como cristãos genuínos, devemos colocar o Senhor em cada situação da nossa existência. As mais simples decisões do cotidiano podem ser postas aos pés do Pai, através da oração. Os cristãos, ao contrário do que afirma a filosofia humanista, não é senhor do seu destino, muito menos capitão da sua alma. A vida do cristão está nas mãos de Deus, Ele é, verdadeiramente, o capitão das nossas vidas e o Senhor das nossas almas.

BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. Tiago. São Paulo: Hagnos, 2006.

WEIRSBE, W. W. Exodus: be delivered. Colorado Springs: David Cook, 2010.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O PERIGO DA BUSCA PELA AUTORREALIZAÇÃO HUMANA

INTRODUÇÃO

A sociedade moderna está impregnada pela ideia do sucesso, muitas vezes alcançado a qualquer custo, sem qualquer consideração ética, mais que isso, sem o aval divino. Na aula de hoje estudaremos a respeito dos perigos da busca desenfreada pela autorrealização pessoal, ressaltando, sobretudo, as implicações que essa pode trazer, quando distanciadas dos princípios divinos. Destacaremos, na aula de hoje, que a autorrealização pressupõe uma ética, e que essa deve se respaldar nos princípios cristãos.

1. A AUTORREALIZAÇÃO HUMANA

Nas livrarias os livros que mais são vendidos são aqueles que motivam à autorrealização, esses são comumente reconhecidos como “autoajuda”. Isso porque se fundamentam na concepção de sucesso, independentemente de Deus. O mundo empresarial comprou essa concepção, que é considerada normal em um contexto no qual Deus se tornou desnecessário. Em consonância com Tiago, devemos ter cuidado com a competitividade exacerbada que predomina nos mundo dos negócios, e que, às vezes, está sendo adotado dentro das igrejas. As desavenças no âmbito eclesiástico não têm o respaldo divino (Tg. 4.1). As invejas e cobiças estão sendo colocadas em um patamar que os outros deixam de ser considerados. Há até aqueles que oram com intento de satisfazerem suas vaidades (Tg. 4.3). Devemos tomar cuidado com essas orações, na maioria das vezes elas refletem os desejos mais ocultos, e em alguns casos, sentimentos de ganância. Alcançar determinados espaços não pode ser a razão de ser, a competitividade também tem limites, o respeito ao próximo continua sendo o padrão ético de Jesus (Mt. 22.37). Paulo, em consonância com a mensagem de Tiago, nos orienta a deixar morrer nossos membros, para não sermos controlados pelas nossas paixões (Cl. 3.5-9). Não há limite para a cobiça, em uma sociedade de consumo, quanto mais se tem mais se quer. A propaganda incita à inveja, a buscar primeiro nossos interesses, e colocar os outros em segundo plano, inclusive o reino de Deus. Mas Jesus nos ensina que devemos colocar o reino de Deus primeiro, e as coisas necessárias nos serão acrescentadas (Mt. 6.33). Como o salmista, nosso maior desejo deve ser agradar a Deus, Ele precisa ser sempre nosso maior anelo (Sl. 63.1). Devemos lembrar sempre que o cristianismo nada tem a ver com esses padrões absorvidos pela sociedade. A igreja precisa ser diferente, não apenas no modo de vestir, mas também em seu proceder. Como bem destacou Kierkegaard, “no dia que o cristianismo e o mundo se tornarem amigos, o cristianismo deixará de existir”.

2. O PERIGO DA AUTORREALIZAÇÃO

Esse sistema de autorrealização em que os fins justificam os meios não é cristão, é diabólico. Não devemos esquecer que o mundo jaz no maligno (I Jo. 5.19) e que Satanás, o deus deste século, cegou o entendimento das pessoas (II Co. 4.4). Destacamos algumas das tendências atuais: valorização do temporário em detrimento do eterno (I Co. 7.32,33), a cobiça dos olhos, através da ostentação de bens, que alimenta a soberba da vida, não provém de Deus (I Jo. 2.16); e o desejo desenfreado de ter sempre mais, ao ponto de perder a própria vida (Mt. 16.26; Lc. 9.25). A parábola contada por Jesus, a respeito do rico insensato, deve servir de alerta a todos aqueles que se entregam desordenadamente aos interesses mundanos (Lc. 12.19-21). Muitas pessoas estão trocando o tesouro celestial, que a traça não corrói nem a ferrugem o atinge, pelos tesouros terrenos (Mt. 6.21). Tenhamos cuidado para não nos deixar levar pelo pensamento da maioria, nem sempre a voz do povo é a voz de Deus, como se costuma dizer. Fomos alcançados pela graça de Deus, e essa nos reclama a um modo de viver diferenciado, que não se pauta pelo mundanismo (Tt. 2.11,12). Os valores deste mundo nada têm a ver com os princípios da Palavra de Deus (I Jo. 2.15). Enquanto que a sociedade exalta aqueles que conseguiram “vencer na vida”, a mensagem evangélica diz “Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes” (Pv. 3.34; Tg. 4.6). Existe um ranking daqueles que são considerados os mais ricos do mundo, e esse é divulgado todos os anos pelas principais revistas internacionais. Mas será que esses mesmos ricos podem ser considerados assim do ponto de vista de Deus? Os critérios do Senhor em relação ao sucesso são diferentes daqueles apregoados pelo mundo dos negócios. Na perspectiva divina o modelo de sucesso é o de Jesus, que se esvaziou, tomando a forma de servo, de igual modo, devemos considerar sempre os outros superiores a nós mesmos (Fp. 2.3). A fé cristã não exalta, ou pelo menos não deveria, aqueles que conseguiram seu “lugar ao sol”. A preocupação dos cristãos, como foi a de Cristo, deve ser com aqueles que se encontra em condição de vulnerabilidade. O auxílio aos mais pobres é uma missão a ser perseguida por todos os cristãos, levando às pessoas o evangelho integral, que percebe tanto o corpo quanto o espírito.

3. O EQUILIBRO NAS REALIZAÇÕES

A busca pela realização pessoal necessariamente não é pecado, todas as pessoas podem estudar, também comercializar, mas a soberba não deve ser o fundamento de qualquer empreendimento. Em tudo que fazemos devemos estar debaixo da sujeição de Deus, nada temos ou podemos ter sem que Ele nos permita. Ao invés de seguir os ditames deste mundo tenebroso, devemos ouvir a Palavra de Deus, e escolher ir após Jesus, como seus discípulos (Mt. 16.24-28). Para isso precisamos resistir ao diabo, revestindo-nos de toda armadura de Deus (Ef. 6.10-18), não nos dobrando aos seus ardis (Tg. 4.7; I Pe. 5.7,8). Quando mais nos aproximamos de Deus, mais nos distanciamos do alcance de Satanás (Tg. 4.8). O autor de Hebreus nos chama à aproximação de Deus, com um coração sincero e repleto de fé (Hb. 10.22). A adoração ao Senhor é o caminho por meio do qual nos achegamos ao trono da graça, o próprio Deus busca adoradores, que o fazem em espírito e em verdade (Jo. 4.24). É nessa disposição que podemos trabalhar, estudar e fazer qualquer coisa, tudo na fé em Cristo Jesus, que a todos abençoa (I Co. 10.31-33; II Tm. 3.16; I Pe. 2.9). Os cristãos não podem fazer parte do mundo (satânico), mas estão no mundo (físico) a fim de atrair o mundo (pessoas) para Deus. Nessa missão, devemos ter cuidado para não sermos engodados pelos padrões que podem nos distanciar de Deus. Não precisamos entrar nessa competitividade doentia, confiemos no Senhor, assim como fez Abraão (Gn. 13.8). Os cristãos não estão impedidos de estudarem, buscar promoções no trabalho, mas estão limitados pela ética bíblica. Atitudes que envergonham o evangelho não deve ser utilizadas para se alcançar determinado fim. As mãos dos cristãos devem estar limpas, nada de duplo ânimo, isto é, procedimentos contraditórios (Tg. 4.8). Não somos cristãos apenas durante o período que estamos dentro do templo, mas em todos os momentos da vida, vinte e quatro horas por dia.

CONCLUSÃO

Mas para aqueles que se arredaram com o pecado, Tiago nos traz uma mensagem de esperança. É preciso sentir a miséria da condição de distanciamento de Deus, e lamentar o desejo de autorrealização fora dos padrões bíblicos. A conversão é uma possibilidade, que se concretiza na vida daqueles que abandonam o orgulho. O sucesso, como um fim em si mesmo, não tem respaldo escriturístico. A advertência de Jesus nesse sentido é enfática: “Ai de vós, que estais fartos, porque tereis fome, ai de vós, o que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis” (Lc. 6.25).