sábado, 28 de junho de 2014

UMA ESCOLA DO BARULHO!


Imaginemos a seguinte situação:
É manhã de domingo. No templo, temos aproximadamente 200 irmãos distribuídos em 10 classes, num mesmo ambiente. Todos os professores precisam falar de uma forma que seus alunos lhe escutem. Dentre eles, há os que em nome do “poder de Deus” não controlam a intensidade da voz, pois acham que quanto mais alto falarem, mais espiritualidade demonstrarão ter.

É preciso lembrar também que dentre essas classes, cinco são de crianças e duas de adolescentes, que precisam fazer uso de cânticos e dinâmicas como recursos e métodos pedagógicos. Adicione a tudo isso o fato de que o templo pode estar localizado numa rua ou avenida de intenso movimento de pedestres e veículos. No que tudo isso vai resultar? Barulho!

Por barulho, entendemos todo ruído e som que está acima dos níveis normais de sensibilidade da nossa audição, provocando uma sensação de desconforto. As Escolas Dominicais sofrem os males do barulho, dentre outros motivos, pelo fato da maior parte delas funcionarem dentro do templo, onde as salas de aula são separadas apenas por alguns bancos, a poucos metros de distância umas das outras.

É quase impossível não conhecer alguém que deixou de frequentar ou nunca foi aluno da ED por causa do barulho. Tal situação precisa ser considerada e solucionada. 

Consequências do Barulho na ED

Evasão escolar. A evasão escolar é uma das grandes vilãs da ED. Conquistamos alunos com certa dificuldade e, ao mesmo tempo, os perdemos com uma facilidade assustadora. Um aluno insatisfeito não apenas apresentará resistência para retornar à ED, como também poderá promover uma imagem negativa da mesma, podendo assim afastar outros. Procure saber em sua igreja, quantos irmãos não frequentam a ED alegando o problema do barulho. Os números vão lhe surpreender.

Interferência no processo ensino-aprendizagem. No processo ensino-aprendizagem, o fator comunicação (do latim comunicare, participar, dividir alguma coisa com alguém) é imprescindível. Quanto menos ruído entre transmissor e receptor, mais o ensino fluirá com clareza e produtividade.

Problemas auditivos. Sons e vibrações acima dos níveis previstos pelas normas legais podem causar problemas irreversíveis na audição. A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta que o limite suportável para o ouvido humano é de 65 decibéis. Ultrapassada essa medida, a pessoa corre o risco de perder totalmente a audição. A Associação Brasileira de Normas Técnicas limita entre 40 e 50 decibéis o nível de som em ambientes fechados.

Estresse. O som e os altos ruídos fazem com que o cérebro produza uma quantidade extra de adrenalina, o que faz subir a pressão arterial, gerando desta forma estresse, perturbação, inquietação e desconforto. Esses sintomas consequentemente acabam cooperando para um estado emocional desfavorável ao ensino-aprendizagem.

Em Busca de Soluções

Dependendo das circunstâncias e da realidade de cada ED, os problemas relacionados ao barulho podem ser resolvidos ou minimizados a curto, médio ou longo prazo. Dentre as medidas que sugerimos, estão:

- Promover um trabalho de conscientização e reeducação dos nossos professores quanto ao cuidado com a intensidade da voz durante a ministração das aulas. Isso nem sempre é fácil, principalmente quando o professor não consegue ter uma visão crítica de si próprio, e de sua prática pedagógica. Cursos de capacitação e formação continuada são ótimas oportunidades para “trabalhar” o professor.

- Procurar organizar as crianças e adolescentes em salas separadas, no prédio anexo ao templo (quando existir), respeitando as condições ambientais necessárias para o ensino, tais como iluminação, ventilação, mobília apropriada, etc. Tal medida requer um entendimento de que se nossas crianças e adolescentes se sentirem bem cuidados, respeitados e valorizados, certamente durante toda a sua vida cristã irão valorizar e promover a ED.

- Fazer parcerias com escolas da rede municipal, estadual, federal ou particulares, usando suas instalações para acomodar a ED. Essa prática já é uma realidade em muitas regiões com resultados bastante satisfatórios, uma vez que possibilita a cada grupo de alunos ter uma sala própria. O difícil aqui é quebrar a tradição das aulas no templo.

- Projetar e construir templos com uma estrutura adequada para o funcionamento da ED, tendo em vista a enorme colaboração e retorno que ela proporciona para o crescimento da igreja, em termos numéricos (evangelização) e em maturidade cristã (educação). Embora isso implique em maiores investimentos, o tempo produzirá os resultados desejados.

- Orar para que o Senhor nosso Deus derrube todas as barreiras espirituais e humanas que tentam impedir o crescimento da ED, dando sabedoria, visão e dinamismo para os que amam esse projeto divino.

Com o entendimento das questões aqui colocadas, e acima de tudo, com a implementação das ações sugeridas, sem dúvida alguma, transformaremos o incômodo e antipedagógico barulho na ED numa doce e suave melodia, produzida pela deliciosa e necessária interação entre professor e aluno.

Obs: 
Texto de minha autoria (Altair Germano), publicado na Revista Ensinador Cristão (CPAD), Nº 27, 3º. Trimestre de 2006.

sábado, 21 de junho de 2014

EBD E SEU LADO POSITIVO

Toda semana, aos domingos pela manhã, acontece em todas as igrejas evangélicas assembleias de Deus no Brasil a Escola Bíblica Dominical, em que reuni toda a igreja de Cristo para estudar a Palavra de Deus didática e detalhadamente.

Vejamos os benefícios que a EBD traz para aquele que frequentam regularmente a maior escola do mundo.

Na EBD há material que foi produzido de forma cuidadosamente pensando no crescimento espiritual de cada crente, preparado, analisado de forma teologicamente por homens bem capacitados e comprometidos com a Palavra do Mestre. Na EBD existe um programa para toda a família e para participar não necessita de fazer alguma prova, além do mais ninguém repete de ano, pelo contrario ao fim de cada trimestre, talentos e vocações são despertados para o serviço na casa de Deus.
A EBD proporciona uma maior fraternidade entre os irmãos de modo que ninguém fica envergonhado, mesmo porque os estudos são específicos a cada faixa etária e com isso nenhum aluno fica constrangido, pois as classes são especificas. Não há motivos para restringir as idades, na EBD não ocorre discriminação. É melhor do que a escola Pública e Privada, além de não cobrar mensalidades os professores são preparados e dedicados com conteúdos ministrados em todo o território nacional.

A EBD se preocupa com o ensino infantil, pensando no bem estar espiritual das nossas crianças, o ensino é voltado para o fortalecimento espiritual que os acompanhara por toda a vida, ajudando-as a atravessar todas as fases da vida. Em todos os domingos as crianças sempre desfrutam de um lanche preparado com todo o carinho que as professores tem com cada um deles. As atividades são dinâmicas de modo a desenvolver o seu intelecto e crescer na graça e no conhecimento, as ministrações são com uma linguagem simples e contextualizada de fácil compreensão. Somente na EBD todos tem um momento para tirar duvidas em tempo real e aprende de forma simples a aplicar a Palavra de Deus no seu cotidiano.

Na EBD, você sai mais inteligente, mais informado, mais feliz, mais capaz de defender a sua fé, mais crítico e detém informações e aplicações bíblicas eficazmente.

 Participe você também da maior escola bíblica dominical do mundo onde Deus reserva o melhor para você crescer na graça e no conhecimento da Palavra de Deus e a EBD promovendo o seu desenvolvimento espiritual e preparando você a defender a sua convicção de fé diante do diabo e do mundo, venha se prepara na Escola Bíblica Dominical, todos os domingos a partir das 09:00 da manha em todas as Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus.

Por Raimundo Hélio

sexta-feira, 20 de junho de 2014

PRECISAMOS VOLTAR A CULTUAR A DEUS

Cultuar ao Senhor implica adorá-lo, tributar-lhe voluntariamente louvores e honra. Podemos cultuá-lo de modo individual — continuamente: “Orai sem cessar” (1 Ts 5.17) — e de maneira coletiva, quando nos reunimos em algum lugar (templo, casa, etc.) para adorá-lo (Mt 18.20). Em ambas as modalidades, o objetivo primário é sempre a adoração (Jo 4.23,24), seguida do enlevo espiritual do adorador (Jr 23.19; 33.3). O culto a Deus exige exclusividade: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto” (Mt 4.10, ARA).

Infelizmente, os nossos cultos coletivos foram, ao longo do tempo, ganhando adjetivos que evidenciam o quanto perdemos de vista o propósito primário de adorar a Deus. Hoje, tudo no culto (culto?) é preparado para agradar as pessoas, e não ao Senhor. E nós nos dirigimos ao templo para receber bênçãos do Senhor, e não (prioritariamente) para oferecer-lhe a nossa adoração. Isso é um desvio, posto que temos invertido as prioridades.

Vejamos alguns dos muitos tipos de “culto” que criamos, ao longo do tempo, para satisfazer os nossos caprichos:

Culto de libertação. Com o intuito de atrair gente e ver os templos lotados — o que também, naturalmente, aumenta a receita da igreja —, começamos a promover “cultos” de libertação. Ora, se o nosso Senhor, o Libertador, está sempre presente conosco e, sobretudo, em nós, por que precisamos de uma reunião específica de libertação? Basta-nos cultuarmos ao nosso Libertador e pregarmos a verdade, sempre, a fim de que haja libertação (Jo 8.32,36).

Culto de avivamento. Hoje, precisamos de reuniões específicas para Deus avivar o seu povo... Mas o verdadeiro avivamento ocorre continuamente, como consequência da verdadeira adoração. O que chamamos de culto de avivamento, na verdade, é uma reunião em que crentes gritam, pulam, sapateiam, mas não amadurecem, não crescem na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18). Se oferecêssemos cultos a Deus, com louvor, pregação e ensino da Palavra, haveria verdadeiro e contínuo avivamento na igreja (Ef 5.18,19).

Culto da bênção, da vitória, das causas impossíveis, dos milagres. Como as coisas estão difíceis, hoje! Precisamos de reuniões específicas para Deus operar! É preciso fazer campanha, participar da tarde da bênção, da noite dos milagres... Por que não voltamos a cultuar ao Senhor Jesus? Se fizermos isso, veremos milagres em nosso meio, não de maneira forjada, mas como consequência de nos humilharmos, e orarmos, e buscarmos a sua face, e nos convertermos de nossos maus caminhos (2 Cr 7.14,15).
Culto de louvor. Esse tipo de “culto” — também conhecido, vulgarmente, como “louvorzão” — é, na verdade, um show, pelo qual cantores e grupos se apresentam para agradar a plateia. Há pouco ou quase nada de louvor nesse tipo de reunião, mas o povo dança e se diverte. Já temos até imitações fajutas do Michael Jackson no nosso meio! Podemos chamar isso de culto? Biblicamente, o culto coletivo deveria ser de louvor (louvor, mesmo!), e não de cantoria (uma espécie de show de calouros), dança ou qualquer outro tipo de apresentação para agradar as pessoas.

Cultos de doutrina e da família. Não sou contra reuniões voltadas especificamente para o ensino, como é o caso da Escola Dominical e dos chamados cultos de doutrina. Afinal, quando estudamos a Palavra de Deus com submissão e obediência, também estamos cultuando ao Deus da Palavra. E, se, em nossos “cultos” de doutrina, houvesse mesmo exposição da sã doutrina, seria uma maravilha! Mas precisamos atentar para 1 Coríntios 14.26, a fim de que haja, em nossos cultos coletivos, louvor ao Senhor, exposição da sua Palavra e manifestação do Espírito Santo (1 Co 14.26).

Também não há problema nenhum em fazermos reuniões de aconselhamento à família. Mas é um erro tirarmos Deus do centro, ainda que por uma causa nobre. Precisamos, repito, olhar para o culto mencionado no Novo Testamento, especialmente no livro de Atos. Naquele tempo, não havia culto disso e daquilo. Todo culto era para honrar e adorar ao Senhor. E a salvação de almas, a manifestação do Espírito, mediante os dons espirituais, os milagres, as curas, a resolução de problemas ocorriam naturalmente. Não era preciso fazer campanhas, de$afio$, etc.

Culto administrativo. Ora, se o culto é — por definição — para Deus, como podemos oferecer-lhe um culto administrativo? É óbvio que esse tipo de reunião não é para glorificar ao Senhor. Certa vez, participei de um desses “cultos”. Aliás, eu havia sido convidado para pregar, mas um irmão usou praticamente todo o tempo para falar dos ventiladores e microfones que a igreja tinha comprado, e não houve exposição da Palavra! É claro que esse tipo de reunião (administrativa) é importante, mas isso nada tem que ver com culto a Deus.

Que Deus nos ajude a entendermos que o nosso culto coletivo é um momento especial em que nos reunimos para apresentarmos a Ele um louvor verdadeiro, buscarmos a sua presença, em oração, e ouvirmos a sua voz, principalmente pela sua Palavra. E que o Senhor nos ajude a não sermos crentes que vivem de “cultos” disso e daquilo.

Conscientizemo-nos, ainda, de que o nosso culto a Deus nunca termina. Não o cultuamos apenas no templo, de modo coletivo. Cultuemo-lo constantemente, em nossa casa, em nosso trabalho, na faculdade, no templo, ao dormir, ao acordar... Aliás, até dormindo (no caso dos cristãos se prezam) o cultuamos, como lemos em Isaías 26.9 e Cantares 5.2: “Com a minha alma te desejei de noite, e com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te” e “Eu dormia, mas o meu coração velava”.


Perdoa-nos, Senhor! Temos nos orgulhado do grande crescimento numérico das igrejas evangélicas, ainda que os líderes de muitas delas não tenham nenhum compromisso com o evangelho de Cristo. De fato, Senhor, elas estão cheias de multidões de interesseiros. Mas temos pecado, ao não adorar a ti em espírito e em verdade. Renova-nos, a fim de que voltemos a dar-te culto, como nos tempos da igreja primitiva. Amém.

terça-feira, 17 de junho de 2014

O DIACONATO - SUBSÍDIO PARA LIÇÃO BÍBLICA

O presente texto trata-se de um breve esboço sobre as fundamentações bíblicas para o exercício (ministério, serviço) do diaconato na igreja.

1 - A instituição dos Diáconos

Apesar das divergências quanto ao fato de Atos 6 tratar da origem do diaconato, por exemplo, Stott[1] afirma categoricamente, seguindo Kelly[2]: “[...] mesmo que Atos 6 não seja a origem histórica do diaconato”, seguiremos Arrington, que comenta: “Lucas não usa a palavra ‘diácono’ (gr. diakonos) para descrever os sete homens, mas as palavras para “servir” e “diáconos” derivam da mesma raiz grega. 'Diáconos' são mencionados em Filipenses 1.1 e 1 Timóteo 3.8-13. Assim, é apropriado usar este título para os sete homens, sobretudo à luz do trabalho feito pelos diáconos em tempos recentes (que incluía a manipulação de finanças, o cuidado pelos necessitados e outros assuntos ministeriais práticos).”[3]Strong[4], Berkhof[5] e Thiessen[6] acreditam na possibilidade de Atos 6 tratar da instituição do diaconato. Williams, comenta que: “Segundo a tradição, a nomeação desses sete marcou o início desta ordem de oficiais (veja Irineu, Against Heresis [Contra Heresias], 1.26; 3.12; 4.15; Cipriano, Epistles [Epístolas], 3.3); Eusébio, Ecclesiastical History [História Eclesiástica], 6.43, mas o Novo Testamento dá ínfimo apoio à tradição.[7] Vamos ao texto bíblico:

1 Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. 2 E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. 3 Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. 4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. 5 E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia; 6 e os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. (At 6.1-6, ARC)

1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. 2 Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. 3 Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; 4 e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra. 5 O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. 6 Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. (At 6.1-6, ARA)

- Boa Reputação (gr. martyrouménous): boa fama, alguém de quem se fala bem, louvado, recomendável (esposa, filhos, vizinhos, patrão, igreja, pastor, etc.)

    - Cheios do Espírito (gr. plêreis pneúmatos): repletos, plenos do Espírito (c/ Ef 5.18). O termo “Santo” não aparece nas edições críticas da Vulgata e no N.T. Grego (27ª ed. Nestle-Aland). Pode estar implícito aqui o Batismo com o Espírito Santo (At 2.1-4), a manifestação dos dons do Espírito (1 Co 12-14) e o fruto do Espírito (Gl 5.22-25).

  - De Sabedoria (gr.sophías): habilidade, tato, bom senso, juízo sensato, experiência nas questões da vida (Tg 1.5-7).

    -    Negócio (gr. chréias): trabalho, serviço, tarefa necessária. O termo “importante” foi traduzido na versão ARC para dar ênfase ao serviço.

2 – As Qualificações para o Diaconato nas Epístolas de Paulo

8 Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância, 9 guardando o mistério da fé em uma pura consciência. 10 E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis. (1 Tm 3.8-10, ARC)

12 Os diáconos sejam maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas.
 13 Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus. (1 Tm 3.12-13, ARC)

a)
 Honestos (gr. semnous): respeitável, honorável, digno. Envolve condição interior e postura exterior.[8]

b) Não de língua dobre (gr. mê dilogous): sem palavra, não de duas palavras, que tenha uma só palavra. Que não muda de opinião por conveniência.[9]

c) Não dados (gr. proséchontas, inclinados) a muito vinho: sobriedade.

d) Não cobiçosos de torpe ganância (gr. aischpokepdeís): Uma advertência em relação às tentações que poderiam ficar expostos na administração das esmolas, à assistência aos pobres e às finanças da congregação em geral.[10]Paganelli comenta que: “A advertência de Paulo não proíbe diáconos terem riquezas [...]. O problema reside no modo como tal riqueza é adquirida [...]".[11]

e) Guardando o mistério da fé (gr. mystêrion tês písteos): devem ter convicções ortodoxas, pois “mistério” representa a soma total de todas as verdades reveladas da fé.[12]

f) Provados (gr. dokimazésthosan): Experimentados. Apenas depois de uma triagem (exame) cuidadosa a respeito do seu caráter, da sua conduta, e da sua adequabilidade, se mostrarem irrepreensíveis (gr. anégkletoi, inculpáveis, não acusáveis), devem ter licença para exercer o diaconato.[13] Andrade, apropriadamente adverte: “[...] muitos pastores, não sabendo como provar, ou experimentar, os seus aspirantes ao ministério, acabam por confundir as legítimas e bíblicas provações com caprichos acintosamente humanos.”[14]

g) Maridos de uma mulher e governem (gr. proistámenoi, liderem, dirijam, cuidem) bem seus filhos e suas próprias casas: Stott, em seu comentário acerca de 1 Tm 3. 2, cita cinco possibilidades de interpretação quanto a “maridos de uma mulher”: (1) Os que nunca se casaram; (2) Os polígamos; (3) Os que se divorciaram, e casaram-se de novo; (4) Os que tendo enviuvado, casaram-se novamente; (5) Os que cometem o pecado da infidelidade no casamento. Não existe, nem mesmo na perspectiva intradenominacional, unanimidade acerca da questão. Quanto a questão de governo ou liderança, aquele que não é bom administrador de sua própria casa, certamente reproduzirá os mesmos erros no trato com a congregação (igreja local).

Conclusão

No que resultará o bom desempenho do diácono em seu serviço? O texto de 1 Tm 3.13 é claro e enfático: “Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.
Em primeiro lugar, o diácono que bem servir alcançará para si uma boa posição. O termo grego traduzido por “posição” é bathmón, e pode significar “degrau”, “grau”, “reputação”. A versão de Almeida Revista e Atualizada traduziu por “preeminência”. 

Kelly entende o significado de “boa posição” como: “[...] garantem que seu cargo, apesar do seu título modesto e da sua aparência de subordinação, seja um de influência e respeito na comunidade em geral.”
[15]Sua ênfase está na reputação. Ele ainda afirma: “Uma exegese que se aceita de modo generalizado, portanto, refere a palavra aqui a um passo no ministério; Paulo está prometendo aos diáconos que, se servirem lealmente, podem esperar que serão promovidos para a posição de superintendentes. Embora este seja o significado da palavra em escritores e liturgias posteriores, parece fora do contexto aqui, e, de qualquer maneira, é improvável que qualquer coisa como uma escada precisamente ordenada de promoção eclesiástica estivesse em vigor no século I, ou até mesmo no começo do século II.”[16] Stott entende a ideia de “carreira” ou “promoção” como anacrônica.[17] Arrington, não descarta tal interpretação.[18]

Em segundo lugar, o diácono que bem servir alcançará muita confiança na fé. O termo grego para “confiança” é parresían, que pode ser traduzido por “liberdade de falar”, “intrepidez”, “ousadia”.[19] Tal postura pode ser exercida diante dos homens, na proclamação do evangelho, e diante de Deus, em se aproximar dele.[20]


O VERDADEIRO CULTO A DEUS

A palavra “culto” soa bem aos ouvidos do povo evangélico. Temos cultos de oração, de doutrina, de “louvor e adoração”. Mas o que realmente Deus fala sobre culto em sua palavra? Será um ajuntamento de pessoas? Será uma reunião da igreja como denominamos hoje? Será que este “culto” que prestamos é o que Deus realmente quer? Que tipo de culto estamos prestando a Deus o racional ou emocional ou até mesmo nenhum dos dois?
No velho testamento a palavra, culto, está estritamente ligada à adoração, que implica à antiga aliança significando ritos e práticas delineados pela Lei, como o sacrifício de animais por exemplo. O culto era algo mais “exteriorizado”, onde o povo se doava dando o seu melhor a Deus.
Já no novo testamento não temos referências diretas ao culto tal qual conhecemos. Em nenhum momento o novo testamento chama de culto a reunião dos santos, em nenhuma passagem culto está atrelado ao ajuntamento de pessoas. Então o que é o culto? Qual verdadeiro culto? Que culto Deus requer de nós? Que culto estamos disposto a dar pra Deus?
O apóstolo Paulo dá a resposta em Romanos 12.1,“rogo-vos pois irmãos pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável que é o vosso culto racional.” Paulo, inspirado pelo Espírito santo, diz claramente e categoricamente que o culto racional (Gr. logikos), ou seja culto verdadeiro e aceitável é: o nosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável.
Este versículo deixa bastante claro que o culto não é um momento, nem é uma reunião de “crentes”. O culto no Novo testamento ganha um significado amplo e profundo, não são mais ritos, ajuntamento solenes, sacrifícios de animais, pois o culto aceitável e autêntico passa a ser eu, o culto passa a ser você, o culto são nossas vidas diante de Deus na reunião de adoração a Deus!
Deus não aceita mais os sacrifícios de animais, pois Jesus o fez e uma vez por todas, mas Deus anseia por nossas vidas por sacrifício. E sacrifício esse não mais morto, mas vivo e não no altar feito por mãos humanas, mas no altar do Deus vivo! Sacrifício esse não contaminado pelo pecado, mas Santo, totalmente separado e dedicado ao verdadeiro Senhor! Sacrifício esse agradável, uma vida que da qual Deus possa dizer: “Este é meu filho amado em quem tenho prazer!
As reuniões da igreja biblicamente não são cultos, mas momentos de comunhão( Infelizmente comunhão essa cada vez menor), edificação (crescimento mútuo) e louvor (expressão de gratidão de vidas remidas). Em nossas reuniões parece que deixamos de viver a essência da adoração para ficarmos atentos as coisas aos detalhes mundanos e com isso não prestamos atenção aos louvores, aos testemunhos, e principalmente a Palavra de Deus quando esta está sendo ministrada, infelizmente, ao invés de ganhamos alimentos solido, perdemos o melhor de Deus para nossas vidas.
Que não venhamos á assistir ou a prestar um culto, mas que nós venhamos a ser o próprio culto a Deus, através de uma vida por sacrifício, que implica em renúncia, perda mas “toda aquele que perder sua vida por minha causa achá-la-á” Mt.17: 25


“Deus não quer você no culto, ele quer que você seja o próprio culto!”

Raimundo Hélio de Souza

sexta-feira, 13 de junho de 2014

PRESBITEROS, BISPO OU ANCIÃO

Se antes os presbíteros tinham a missão de ensinar, hoje além desta, tem o dever de aconselhar, o apascentamento que ele mantem define a postura que cada um deve mostrar ao rebanho de Deus, é preciso saber lidar com a diversidade cultural que cada ovelha possui. No passado, estes apareciam como um auxiliar direto do pastor. Na atual organização religiosa os presbíteros detêm o privilegio de exercer a sua função com ação pastoral, onde dirigir cultos, ensina, aconselha, celebra a Ceia do Senhor, além de realizar diversas atividades que há alguns anos era de responsabilidade do pastor.

É bem verdade que os presbíteros desde os primórdios vinha exercendo a mesma função que um pastor exerce hoje, na Bíblia, existe presbíteros que são citados exercendo a função pastoral como Pedro por exemplo, o qual foi escolhido pelo próprio mestre a liderar a igreja de Deus no inicio de sua fundação. 1Pe. 5.1-4.

A designação "pastor", do grego poimen (ποιμήν), fala-nos da atividade de "cuidar do rebanho", que envolvia: alimentar, guiar, cuidar (cf. VINE, p. 856, 2003). Dessa forma, os presbíteros, do grego presbuteros (πρεσβύτερος), literalmente "homem idoso, ancião, os que cuidam espiritualmente da igreja" (idem, p. 396, 2003), quem assim exerciam seus presbitérios, eram chamados de "pastor".

Não há distinção entre "ministros" e "presbíteros". Os presbíteros eram também ministros.

            O pastor que "presidia", na realidade, sempre que exercia essa função, era chamado de "bispo", do grego episkopos (πίσκοπος), "literalmente, 'inspetor' (formado de epi, 'por cima de', e skopeo, 'olhar' ou 'vigiar', é encontrado em At 20.28; Fp 1.1; 1 Tm 3.2; Tt 1.7; 1 Pe 2.25. (VINE, p. 434, 2003).

Perceba que a própria Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD) afirma em sua nota sobre "Dons Ministeriais para a Igreja" que: Os pastores são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais. Também chamados "presbíteros" (At 20.17; Tt 1.5) e "bispos" ou supervisores (1 Tm 3.1; Tt 1.17)".

            Há aqueles que afirmam ou dão aos livros de 1 e 2 Timóteo e Tito como o "Manual do Pastor", pelo fato de ambos apresentarem instruções e qualificações diretas ao ministério e à igreja. Em 1 Tm 3, existe orientações diretas a todo aquele que almeja o pastorado. veja a afirmação que o texto mostra: "Para efeito de esclarecimento, os títulos 'bispo', 'presbítero' ou 'ancião' e 'pastor' são usados de forma interligadas na Escritura e referem-se ao mesmo ofício, mas expressam responsabilidades diferentes, como supervisão administrativa, liderança espiritual e ministério, bem como alimentar e atender o rebanho de Deus. Em Atos 20, todos os três conceitos - bispo, ancião e pastor - são usados em referência aos líderes da igreja em Éfeso. (TRASK et ali, p. 110, 1999)

          Algumas questões devem ser levantadas durante a aula deste domingo, eis aí alguns exemplos:

1º O presbítero deve ser remunerado?

2º O que acha de dirigentes receberem salário ou ajuda financeira?

3º O dirigente deve servir a igreja de forma integral ou parcial?

4º Como devemos olhar para os presbíteros novos em idade?

5º O que dizer de 1 Tm 3 em relação aos presbíteros?



Adaptado por: Raimundo Hélio de Souza

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL!


SEJA MUITO BEM VINDO!

Sejam livres para comentar as postagens, respeitando as opiniões diferentes da sua, com argumentos relacionados com a mesma. Também as críticas construtivas serão bem-vindas, desde que elas estejam livres de:
1) Palavrões 
2) Heresias
3) Anonimato, (não me vejo obrigado a publicar qualquer comentário, em que a pessoa seja anônima).
No mais aproveitem.



Raimundo Hélio de Souza.
e-mail: auxiliodominicalebd@gmail.com

PEDAGOGIA

1. SAIBA COMO PLANEJAR, COM EFICÁCIA, SUA AULA: 

Conteúdo deve ser de pleno conhecimento do professor, o primeiro a ser considerado no planejamento da aula. Extensão e tempo, é necessário verificar a quantidade de informações e ensinamentos a serem transmitidos. É preciso fazer uma seleção de conteúdos, priorizar as informações e ensinamentos que mais se harmonizam com os objetivos da aula, de forma prática no tempo disponível. A exposição de uma lição requer uma boa distribuição de tempo: 

Abertura (5%) – uma espécie de “quebra-gelo”: pergunta, brincadeira ou dinâmica para descontração dos presentes (geralmente ligada ao tema). 

Introdução (10%) – estabelecimento de relações com o tema estudado na aula anterior. Desperta a disposição para a aprendizagem. É por isso que deve haver criatividade, por parte do professor, que, também, precisa utilizar notícias de jornal, fatos contemporâneos, ilustrações e experiências corriqueiras para que os alunos se familiarizem. 
Interpretação (30%) – a argumentação bíblica do professor deve ser consistente com as verdades contidas na Palavra de Deus, de tal modo que os alunos possam interpretá-las e aplicá-las. 
Aplicação (40%) – o aluno deve ser estimulado a mudar aspectos de sua vida para andar de acordo com o que está contido nas Escrituras: os princípios, leis, ensinamentos que devem ser levados em consideração, esclarecidos e assimilados para a formação do caráter cristão. É o momento no qual deve-se estimular a participação, o partilhar de experiências que propiciem edificação e aprendizado. Tudo isto deve ser feito com a supervisão e direcionamento do professor para que não se escape dos objetivos da aula. Conclusão (15%)- recapitulação das principais informações transmitidas e repasse de conhecimentos aprendidos. É o momento de fechar idéias, confirmar doutrinas e demonstrar a importância da mudança de atitudes e comportamentos. É momento de comunhão e edificação espiritual, por meio do qual os alunos farão uma introspecção para expor, diante do Senhor, a situação real de sua vida em busca de mudança. 
A importância do planejamento e do ensino eficaz: 

É o momento no qual o professor vai explorar, ao máximo, o seu potencial e criatividade, constatando o interesse dos alunos pela Palavra de Deus e o desejo de retribuir o que lhes foi ensinado. Para alcançar isto, o professor deve ser previdente e organizado, administrando o seu tempo semanal com a meditação da lição que vai ensinar. Por meio do ensino, o professor desperta a mente do aluno para captar e reter a verdade, motivando-o a pensar por si mesmo, da seguinte forma:

1. O aluno precisa crer que não é o professor que o ensina. O professor tem que fazer com que o aluno pense por si mesmo, estimulando a sua atividade intelectual para que ele descubra as verdades implícitas na sua mensagem. Somente há aprendizagem com a atividade mental dos alunos. Para isto, devem ser guiados de tal forma que possam expressar com segurança seus novos pensamentos, com base nos resultados da leitura e observações do professor. 

2. O professor deve explicar o novo com base no antigo, partindo do conhecido para o desconhecido, do claro para o obscuro, do fácil para o difícil. A eficiência do seu ensino está na apresentação de imagens já conhecidas para que os alunos façam associações, da mesma forma que Jesus o fazia com as parábolas. 

3. Deve-se considerar a faixa etária, as condições socioeconômicas, bem como os interesses do aluno para que possamos ensiná-lo de acordo com as suas necessidades, adaptando o ensino ao desenvolvimento moral e espiritual dos mesmos (ou seja, à altura espiritual dos alunos). 
4. A verdade a ser ensinada deve provocar mudanças na vida do professor, permitir que o mesmo se emocione, sinta o impacto daquela palavra ensinada em sua vida e a pratique. Quem domina a lição e permite que ela o comova, também saberá comover os seus ouvintes. 
5. Vejamos o que Myer Pearlman diz acerca do papel do eficiente professor: 
“...Você, professor, tem de relacionar constantemente as partes das Escrituras – comparando as histórias com as doutrinas, as profecias com seu cumprimento, os livros com os livros, o Antigo Testamento com o Novo Testamento, os tipos com os arquétipos (modelos, anotação nossa), para que o aluno aprenda que a Bíblia não é uma coleção de textos e de fatos separados, estanques, mas uma unidade viva, cujas partes estão relacionadas vitalmente umas com as outras, como os membros do corpo humano. Vimos depois que o professor precisa aplicar continuamente a lição à vida individual, e à coletiva, para que o aluno fique sabendo que todo ensino bíblico está relacionado com os fatos de sua vida. Nenhum ensino bíblico é teórico, sem aplicação prática.”
2. COMO O PROFESSOR DEVE SE PREPARAR 
1. Preparo espiritual – à frente da sala deve estar um verdadeiro cristão, alguém que tenha uma real experiência de conversão e que procura santificar sua vida. Tal serviço prestado ao Rei é resultado de uma vocação, um gesto de adoração. Não basta ser profissional, é necessária a submissão ao Senhor Jesus, uma vida de adoração, de execução da Sua vontade e busca pelas coisas de cima, tal como o salmista orou: “Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da Tua lei.” (Sl 119.18). É preciso reconhecer-se dependente do Senhor, incapaz de compreender a Palavra sem o Seu auxílio, moldando a sua vida de acordo com esta Palavra. O professor deve ser um depósito de verdades divinas e fiel guardião da sã doutrina à medida que viver em comunhão com a Palavra de Deus (Sl 119.97; Ex 3.1). Este amante da Palavra, certamente, vive com o seu coração a ferver com palavras boas, ensinamentos eternos e vivos que fazem toda a diferença (Sl 45.1). 

2. Preparo bíblico eficaz - o preparo espiritual é um pré-requisito indispensável para se dar início ao preparo bíblico, num profundo mergulho nas Escrituras, que se apresenta nas seguintes atitudes: 
fazer diversas leituras do texto bíblico, comparando as diferentes versões; formar uma biblioteca pessoal que contenha dicionários, concordâncias, comentários e manuais bíblicos que auxiliarão na interpretação dos textos; fazer diversas perguntas ao texto para identificar promessas, ordens, mandamentos, princípios, doutrinas, orientações e lições. O descuido com a pesquisa traz inúmeros prejuízos à aula, o que contribui para desmotivar os alunos; fazer um esboço detalhado do texto bíblico – dividir o texto em partes menores permite a assimilação de novas informações; selecionar as lições mais importantes do texto – a Bíblia é como um poço de águas cristalinas que saciam a nossa sede; como uma caverna que contém inúmeros tesouros, os quais, para serem encontrados, requerem tempo, paciência e coragem de quem os busca. Deve haver prazer em meditar na Lei do Senhor (Sl 1.2) para efetuar este intenso trabalho de pesquisa. 

3. Estudo da lição desde o início da semana - o ideal seria que todo professor reservasse, pelo menos, meia hora de cada dia, para estudar a lição. Dessa forma, resolveria aquelas questões que surgem, durante o estudo, antes de ministrá-lo à sala, encontrará melhores ilustrações e referências para o assunto, disporá de mais tempo para orar, bem como contar com a função cerebral subconsciente, segundo Myer Pearlman: 
“O subconsciente nos ajuda muito. Sabe-se que por meio do subconsciente aprendemos muito. Depois de havermos feito um estudo árduo e consciente de um assunto, nossa mente continuará trabalhando na questão, enquanto dormimos ou cuidamos de outras coisas. O ditado muito conhecido que diz ‘consulte o travesseiro’ acerca de uma decisão ou problema, está certo. É exemplo do que vimos dizendo sobre o subconsciente. Mas acima de tudo, lembre-se de que por meio da oração é possível estimular sobrenaturalmente as nossas faculdades mentais. ‘Ele os guiará em toda verdade’, diz-nos Cristo. Note que a palavra ‘guiar’ subentende que devemos estar procurando a verdade, ou em outras palavras: estudando.” 

4. Estudo consciente - o texto bíblico da lição deve ser averiguado, analisado, dissecado, experimentado antes da investigação profunda do comentário da revista. Ajuntar material além do necessário para a aula. Isso depende da aplicação e dedicação do professor que deseja inspirar amor pelo estudo, trazendo informações adicionais ao texto da lição para a classe. Estudar o texto e o contexto de forma detalhada. 

5. Registro pessoal de seu estudo – o professor deve preparar-se em oração e fazer anotações pessoais (na escrita e na prática) que estejam relacionadas à edificação do caráter cristão e testemunho pessoal. A mensagem a ser transmitida deve provocar o efeito da transformação de vidas. Daí a necessidade do testemunho pessoal.

6. O estudo da lição – o planejamento da aula com base nos objetivos da lição é fundamental para que o professor ensine uma mesma verdade de várias maneiras. Tudo o que ele disser deve estar centrado no objetivo principal da lição. O tema principal será como um Sol, ao redor do qual se moverão todos os pensamentos a ele relativos, tais como os planetas o fazem ao redor da maior estrela.
7. Apresentação da lição - o início da aula é o momento de negociação, momento no qual o professor vai lançar o anzol com uma isca bem apetitosa para atrair o aluno a si, mantendo-o fisgado. Para isto, ele deve elaborar estratégias que façam o aluno pensar, despertem o seu interesse, explicando verdades novas com o auxílio de verdades já assimiladas. O esboço não deve ser lido para a classe. Deve ser apresentado como um esqueleto que o professor vai revestir com a carne, usando os comentários necessários para revesti-lo e tornar a mensagem compreensível.
8. Ilustração da lição - o professor precisa estar atento ao limite de tempo que possui para que possa ministrar a aula de acordo com o objetivo principal. Myer Pearlman compara a ilustração da lição à edificação de uma casa: 
“ Dominar a matéria e determinar o objetivo correspondem, digamos, a fazer um desenho da casa pronta, e elaborar a descrição detalhada da planta. Pode incluir a decisão quanto ao material que se há de usar. A introdução da lição representa a abertura dos alicerces. Resumir a lição é levantar as estruturas de concreto. As perguntas correspondem às divisões revisadas. Pediu-se aos alunos que respondessem a algumas perguntas acerca do assunto. Por meio de trabalhos práticos, por escrito, ou por meio de diálogo, o professor dará o acabamento à obra.”
Ele ainda acrescenta: “As ilustrações correspondem às janelas e às lâmpadas elétricas que iluminam as dependências da casa. As ilustrações esclarecem o tema, ajudam o aluno a compreendê-lo, e assim mantém seu interesse. Por isso, é melhor o professor preparar uma lista de ilustrações.”

Para fazer bom uso das ilustrações, o mesmo autor deixa-nos algumas sugestões de como as ilustrações devem ser: Mais claras que a verdade que ser ilustrar; interessarem o aluno e estar relacionada à sua experiência, relacionarem-se realmente com a lição; apresentadas com um certo limite, evitando-se o excesso; causar boa impressão; sugerirem boas idéias; aplicadas à verdade e a verdade aplicada à ilustração. Ex.: parábolas.

A conclusão da lição - é o momento no qual o professor vai trabalhar para despertar no aluno o firme desejo de colocar em prática tudo o que aprendeu, dando a ele oportunidades para memorizar a mensagem principal e amar a verdade ali ensinada. Pois o que mais importa é a aplicabilidade do conhecimento, o que nos faz recordar a unidade do homem como a apresenta Pestalozzi: espírito – coração – mão. Observando este aspecto, o professor possibilitará o desenvolvimento da tríplice atividade humana, contribuindo para o aprimoramento da inteligência, da moral e da técnica: conhecer – querer – agir: “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl.119.11).

Fonte: EBD Online

quinta-feira, 12 de junho de 2014

EBD onde você aprende mais de Deus



ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

Boa Noite a todos os alunos e professores da EBD

     Venho por meio deste blog, apresentar a todos os amantes da EBD mais um auxilio a tantos quantos querem e pretendem crescer na graça e no conhecimento da Palavra de Deus. Ser aluno da Escola Bíblica Dominical é um privilegio que nem todos os crentes sabem ou querem aproveitar. A própria Bíblia nos afirma que erramos por não conhecer as Escrituras e nem o poder de Deus, muitos preferem deixar o tempo passar dormindo nas manhãs de domingos ou ficam em casa assistindo os programas televisivo, quando não, saem para um passeio, principalmente à praia, concordo e apoio quando isso acontece em família, é importante que cada lar saiba aproveitar o momento em família para distrair-se da correria do dia a dia da família, entretanto, que isso não venha suprimir o maior ambiente de ensino e educação cristã que é a EBD, é necessário que as famílias saibam que a Escola Bíblica proporciona para o lar o rendimento e crescimento sócio-educativo para os pais, mães e filhos dando a todos um lar mais harmonioso. Quando os membros de uma casa participam da Escola Dominical percebem ao longo da vida que vai crescendo uma maior interação entre si e com os outros.
     A Escola Bíblica Dominical é o único lugar para que todos, sejam crianças, adolescentes, jovens e adultos, possam, de fato, crescer na graça e no conhecimento da Palavra de Deus pois é nela que aprendemos o que Deus realmente quer de nos e para nos. Não é bom que o marido ou mulher sejam frequentadores assíduos da EBD quando os seus filhos ficam em casa ociosos diante de coisas que não edificam, mas é de suma importância que todos pai, mãe e filhos sejam alunos, regularmente matriculados da maior Escola Bíblica do mundo que é a Escola Bíblica Dominical.
     Portanto, seja você também um aluno da Escola Bíblica Dominical, onde você aprende ouvindo e interagindo com os demais alunos pois entendemos que a Educação acontece quando se há relação de comunicação de um com o outro. Lembre-se das palavras sábias do intelectual e teórico da educação Paulo Freire onde o mesmo afirma que "não há saber maior ou saber menor, o que há é saberes diferentes", venha você também partilhar os seus saberes conosco que formamos a Escola Bíblica Dominical
Todos os domingos as 9 horas da manhã em todas as Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus em Natal, acontece a EBD. Participe você é o nosso convidado!

Raimundo Hélio de Souza
Professor da EBD